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quinta-feira, 28 de abril de 2011

No Title

Andando pela rua, aquele frio e escuridão, pensava naquilo com tanta angústia. A cena que acabara de ver não era das melhores, muito pelo contrário... 
Quando ela se aproximou, se deparou com aquela cena que não lhe causou um ciúme raivoso, ou alguma vontade súbita de matar alguém com muito, muito gosto. Sentiu uma dor agonizante, dificuldade em respirar, e até tonteou por um instante. Decepção...
Porque havia realmente acreditado em todas as palavras? Afinal, naquele momento, ele poderia estar repetindo as mesmas para a outra garota. ''Estavam ali, abraçados, como nós costumávamos ficar''
Aquele beijo que parece ter sido tão profundo, tão verdadeiro, tão apaixonado... 
Que beijo poderoso, continua ecoando na cabeça, como que torturando. ''Era como o nosso beijo''
E a forma, como eles se tratavam, a fez sentir a intrusa, a outra...E não como realmente acontecia.
Saiu sem rumo, e continuou andando sem notar que já era tarde da noite, e que o frio deixou as ruas mais vazias do que o normal.
O que ela iria dizer? Deveria contar o que viu, e expor o quanto estava magoada, arrasada?
Não, pelo que eu a conheço, ela se calaria, e só. Suportaria a dor dentro de si, sozinha, por quanto tempo fosse necessário.
Mas sem, jamais, voltar a ter coragem de olhá-lo nos olhos, ou escutar a sua voz sem chorar.
E ela se pegou chorando, desesperadamente, como naquele sábado a noite, um choro que por mais que se tente ocultar, ou apenas controlar, não parece possível. Como você pode ser mais forte que você mesmo?
E, foi no meio do choro incontido, que eu abri os meus olhos, com uma dor estranha no peito, me levantei e fumei um cigarro, o primeiro do dia.


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